terça-feira, 11 de maio de 2010

Shunt Periférico. Possível vantagem diante a ateromas nas coronárias.




O shunt periférico é um desvio de fluxo sanguíneo ocorrente nos vasos. Ele acarreta isquemias teciduais pela ausência de oxigênio. Na sua correria entre anastomóses "túneis grandes e pequenos" vai irrigando e trazendo de volta os catabólitos. Mas derrepente, é como que esse sangue se esbaldace num vaso de maior capacitância que o traga torrencialmente, resultando na carência da perfusão pelo o caminho de corrente desestabelecida. Traz prejuízos também nas trocas gasosas.


Mas se refletirmos um pouco nesse desvio fisiológico acontecendo numa circulação colateral das ramificações coronárias, onde se há grande prevalência de deposições de placas de ateromas?

É sabido que há um desvio desse sangue nessas ramificações, exclusivamente na circulação colateral, onde agem fármacos dilatando essa pequena ligação entre um ramo a outro, favorecendo o desvio de sangue para o suprimento de oxigênio num ramo obstruído pelo ateroma. É o caso dos nitratos, que com suas ações antianginosas, reestabelecem a perfusão cardíaca.


O informativo é que possivelmente substâncias vasoativas como serotonina, e oxido nítrico, podem chegar a um orgão através de um shunt periférico, se isso for observado nos vasos que recebem oxigênio para o coração, é de se pensar que o desvio de sangue e a obediência vasodilatadora da circulação colateral, se relacionam fisiologicamente e farmacologicamente para a compensação cardíaca.
Emerson de Oliveira
FONTE: Monitoração da resposta orgânica a trauma e a sepse, Medicina, Ribeirão preto, 34, Jan/Mar, 2001.

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