A Aterosclerose é uma doença crônica-degenerativa que leva à obstrução das artérias (vasos que levam o sangue para os tecidos) pelo acúmulo de lípides (principalmente colesterol) em suas paredes.
Quais são as causas?
A aterosclerose começa quando os monócitos (um tipo de leucócito) migram da corrente sangüínea para a parede da artéria, transformando- se em células que acumulam materiais gordurosos. No decorrer do tempo, esses monócitos gordurosos acumulam-se e provocam um espessamento em forma de placas no revestimento interno da artéria. Cada área de espessamento (chamada placa aterosclerótica ou ateroma) está repleta de uma substância cuja aparência lembra a de um queijo (caseosa) e que é constituída por diversos materiais gordurosos, principalmente o colesterol, células musculares lisas e células do tecido conjuntivo.
Os ateromas podem localizar-se em artérias de médio e grande calibre, mas, geralmente, eles formam-se nos locais de ramificação das artérias, supostamente porque a turbulência constante nessas áreas lesa a parede arterial, tornando- a mais suscetível à formação do ateroma. As artérias afetadas por aterosclerose perdem sua elasticidade e, à medida que os ateromas crescem, tornam-se mais estreitas. Com o passar do tempo, os ateromas acumulam depósitos de cálcio, que podem tornar-se frágeis e romper.
O sangue então pode penetrar em um ateroma rompido, aumentando de tamanho e diminuindo ainda mais a luz arterial. O ateroma roto também pode liberar seu conteúdo gorduroso, dando início à formação de um coágulo sangüíneo (trombo). O coágulo pode diminuir ainda mais a luz da artéria ou mesmo obstruí-la, ou ele pode despregar-se e entrar na circulação onde ele produz uma oclusão (embolia).
Sintomas
Em geral, a aterosclerose não causa sintomas até haver produzido um estreitamento importante da artéria ou até provocar uma obstrução súbita.
Os sintomas dependem do local de desenvolvimento da aterosclerose. Por essa razão, eles podem refletir problemas no coração, no cérebro, nos membros inferiores ou em praticamente qualquer região do corpo.
Desenvolvimento da Aterosclerose (Etiopatogenia)
1 - Artéria normal, 2 - A lesão se inicia com o acúmulo de lipídios na camada mais interna da artéria. 3 – evolução para estágios iniciais da placa. 4 – formação de uma placa complexa, limitada por uma capa fibrótica. Eventos agudos ocorrem com a ruptura da capa. 5 – Ruptura da placa aterosclerótica, provoca uma trombose da artéria ocasionando a uma oclusão ou sub-oclusão imediata. Esta oclusão é a causa do infarto do miocárdio. 6 – A reabsorção do trombo pode ser seguida por sua organização e aumento do volume da placa, piorando os sintomas pregressos.
Fatores de Risco
Hipertensao
Falta de atividade física e obesidade
Diabetes Melito
Hiperlipidemia
Tabagismo
Prevenção e Tratamento
Para evitar a aterosclerose, devem ser eliminados os fatores de risco controláveis: níveis sangüíneos elevados de colesterol, hipertensão arterial, tabagismo, obesidade e falta de exercício. Portanto, dependendo dos fatores de risco particulares a um indivíduo, a prevenção pode consistir na redução do nível de colesterol, na redução da pressão arterial, na interrupção do tabagismo, na perda de peso e no início de um programa de exercício. Felizmente, a instituição de medidas para atingir alguns desses objetivos acaba auxiliando a atingir os outros.
Em resumo, o melhor tratamento para a aterosclerose é a prevenção. Quando a aterosclerose torna-se suficientemente grave a ponto de causar complicações, o médico deve tratar as complicações – angina, infarto do miocárdio, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, acidente vascular cerebral ou obstrução de artérias periféricas.
Referências
Manual Merck Saúde, PedroFarsky
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