POEIRAS DE CARVÃO... PREJUDICAM O PULMÃO!

Os trabalhadores que frequentemente absorvem ares contaminados com carbono, fazem parte de um ambiente que os proporcionam a desenvolver pneumoconiose, termo usado para designar alterações na forma e cor pulmonar, dentre outros eventos. O texto abordado fala sobre uma patologia específica causada pelo minério carvão, onde participa de uma classe de doenças que envolvem pigmentações, esclarecendo que a patologia em si nem sempre se dá pela presença dos pigmentos, mas as alterações metabólicas e funcionais das células e tecidos os manifestam. Estamos falando da PNEUMOCONIOSE DOS TRABALHADORES COM CARVÃO (PTC).

Fatores relevantes classificam a poeira inalada, como:

Quantidade da poeira que é inalada

Tamanho das partículas presentes na poeira

Forma e capacidade de mobilidade das partículas no trato respiratório

Solubilidade

E uma grande porta pra esses espertos "posinhos" é o uso concomitante do cigarro...

Antracose em um tecido de linfonodo



A ANTRACOSE é uma lesão pulmonar. O pigmento exógeno de carbono, quando cai nas vias aéreas os macrófagos que estão nos alvéolos e no intertício capturam e levam pelos vasos linfáticos para os linfonodos mais próximos "em torno dos brônquios e do hilo pulmonar".




Pulmão pigmentado por poeira de carvão

Os macrófagos pigmentados se concentram em diversas partes dos orgãos afetados, e deixam as "manchinhas escurecidas". Como já citado o pigmento em si não é maléfico, pois todos os habitantes da terra estão expostos ao carbono... Aliás... Você respira? Então deve ter uma certa porcentagem desse minério no seu pulmão! Mas, é aí que está a resposta, essa pneumoconiose pode ser assintomática. Mas como toda lesão tem seu grau de reversibilidade e irreversibilidade, o trabalhador de minas, muito tempo exposto a poeira, pode desenvolver uma fibrose maciça progressiva, aumenta riscos de tuberculose, bronquite crônica e enfisema pulmonar.

Há presença de colágeno denso, e as lesões são necrosadas pela isquemia local!

Émerson de Oliveira

Fonte de pesquisa: Bases Patológicas das doenças, Robbins & Cotran, 7ª Edição.

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