A narcolepsia é um distúrbio neurológico do sono, identificado em 1880, por Jean-Babtiste Gelineau. Caracterizado por episódios incontroláveis e recorrentes de sonolência durante o dia, que duram de 15 min a 1h. Os sinais de narcolepsia geralmente começam a aparecer entre os 15 e os 30 anos de idade.
De acordo com o Instituto do Sono a narcolepsia sua prevalência é em torno de 0.02-0.18% na população em geral considerando E.U.A, Europa e Japão, no Brasil ainda não há um estudo de prevalência da narcolepsia. Esta prevalência equivale a 1 caso da doença em cada 2000 pessoas e não é uma prevalência muito baixa sendo semelhante a prevalência da esclerose múltipla ou da fibrose cística, patologias nas quais a freqüência dos pacientes nas suas respectivas clínicas é muito maior que a freqüência de pacientes narcolépticos na clínica de sono.
Sintomas da narcolepsia
- Sonolência excessiva durante o dia - desejo incontrolável de dormir durante o dia, mesmo depois de ter dormido bastante na noite anterior.
- Cataplexia - ataque repentino e geralmente breve de fraqueza muscular relacionado a uma reação emocional forte (medo, raiva, alegria).
- Paralisia hipnagógica do sono - episódios breves de paralisia que acontecem quando a pessoa está pegando no sono.
- Paralisia hipnopômpica do sono - episódios breves de paralisia que acontecem quando a pessoa está acordando.
- Alucinações hipnagógicas - alucionações intensas, geralmente visuais ou auditivas, que acontecem no princípio do sono (algumas vezes entre pegar no sono e entrar no estado de sono profundo).
- Alucinações hipnopômpicas - alucionações intensas, geralmente visuais ou auditivas, que acontecem quando a pessoa está acordando.
Fatores genéticos estão envolvidos com o aparecimento da narcolepsia. Este distúrbio é muito associado a um alelo do complexo maior de histocompatibilidade denominado DQ*0602, o qual pode ser utilizado também como uma ferramenta de diagnóstico, embora a presença desse alelo não seja conclusiva, mas simplesmente um instrumento de apoio ao diagnóstico.
XXXXA transmissão genética da narcolepsia em humanos não obedece as regras mendelianas, trata-se de uma herança complexa, multifatorial na qual fatores ambientais t6em papel importante. Embora a maioria dos caos seja esporádica e não familiar, o risco de um parente de 1° grau de um paciente narcoléptico ter o mesmo distúrbio é 40 vezes maior que na população em geral.
TRATAMENTO
XXXXA narcolepsia é uma doença de certa forma benigna, porém o tratamento é prolongado. O objetivo do tratamento é o controle dos sintomas, principalmente das crises de sono e da cataplexia (perda do tônus muscular), com a administração de medicamentos, permitindo assim que o paciente mantenha suas atividades normais nos campos profissionais e sociais.
Como medidas paralelas ao tratamento, recomenda-se alguns cochilos voluntários durante o dia para reduzir a sonolência diurna.
Referências
Instituto do Sono
Sonolência e Narcolepsia
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